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Estatal chinesa vence maior lote do leilão de linhas de transmissão

postado em 15/12/2023

State Grid arrematou empreendimento que demandará R$ 18,1 bilhões em investimentos; Alupar e Celeo também ganharam concessões.

A estatal chinesa State Grid foi a grande vencedora do 2º leilão de transmissão de energia elétrica de 2023, realizado na manhã desta 6ª feira (15.dez.2023) pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e pelo MME (Ministério de Minas e Energia).

A companhia arrematou o lote 1, o maior já ofertado na história, que sozinho demandará R$ 18,1 bilhões –83% do valor total contratado no leilão. A disputa se deu na B3 (Bolsa de Valores de São Paulo).

Todos os 3 lotes foram arrematados, totalizando a concessão de 4.471 km em linhas de transmissão para construção, manutenção e operação, sendo 3.007 km de novos linhões, além da ampliação para 9.840 MW (megawatts) na capacidade de conversão em subestações.

O objetivo central é permitir a expansão da capacidade de escoamento de fontes renováveis no Nordeste, que vive um boom de novos projetos de usinas eólicas e solares.A previsão para assinatura dos contratos de concessão é 03/04/24. De acordo com a estimativa da ANEEL e do MME, os empreendimentos gerarão 37 mil empregos diretos e indiretos.

A State Grid arrematou a totalidade do lote 1, com seus 4 sublotes (A, B, C e D). Para alguns segmentos, o Consórcio Olympus XVI, liderado pela Alupar, chegou a apresentar melhores propostas mas, no conjunto do lote, a oferta dos chineses teve menor valor. O lance foi de uma RAP (Receita Anual Permitida) de R$ 1,93 bilhão, um deságio (desconto) de 39,9% diante do máximo estabelecido no edital.

O empreendimento será concedido à State Grid por 30 anos. Inclui a construção de 1.513 km de linhas de transmissão em corrente contínua e manutenção de outros 1.468 km nos Estados do Maranhão, Tocantins e Goiás. Por conta da complexidade, o projeto tem prazo de conclusão de 72 meses –mais longo que os habituais 60 meses.

Nos lotes 2 e 3, de tamanho menor, venceram companhias brasileiras: o Consórcio Olympus XVI, liderado pela Alupar Investimentos e integrado também pela Mercury Investiments, e a Celeo Redes Brasil. Os lotes compreendem obras em Goiás, Minas Gerais e São Paulo.

Fonte: Agência Nacional de Energia Elétrica